segunda-feira, 30 de abril de 2012

Victor Hugo



    Victor Hugo  (Besançon, 26 de fevereiro de 1802 — Paris, 22 de maio de 1885) foi um grande poeta e escritor, além de político e jornalista francês que influenciou não apenas o pensamento do seu país, mas também do mundo de sua época. Foi autor de renomadas obras, escreveu notáveis poesias e peças de teatro.         
     Suas obras são dedicadas à política, filosofia e religião as quais balizaram os movimentos sociais que se esmeravam por recuperar, na França, os ideais da liberdade, igualdade e fraternidade.  A história de sua vida, bem como as suas obras, são conhecidas por muitos. Porém, o que poucos conhecem é que Victor Hugo se converteu ao espiritismo após o desencarne de Léopoldine, um de seus quatro filhos.
    Realizou estudos acerca das mesas girantes, editados na obra “As mesas girantes de Jersey”. Durante mais de 25 anos o poeta se ocupou dos assuntos que as “mesas girantes” suscitavam e aprofundavam, confirmando, esclarecendo e completando as respostas às quais havia chegado através de estudos e meditações.
     O autor, quando desencarnado, voltou a falar à Terra, porém, através do concurso da mediunidade. Após exatos cem anos de seu desencarne, este renomado espírito prefaciou e escreveu a obra “Árdua Ascensão”, no dia 22 de Maio de 1985, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco.
    Outros livros psicografados pelo então médium Divaldo Franco, bem como pela mediunidade de Zilda Gama, também foram publicados, os quais podem ser encontrados em bibliotecas espíritas. Eis que grande pensador da época vem ao nosso encontro não somente atestar a sobrevivência da alma, mas corroborar no entendimento da vida à luz do Espiritismo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Espaço Leitura – Umbanda Essa Desconhecida



    Para aqueles que desejam se aprofundar neste tema ou simplesmente gostariam de compreender um pouco mais a respeito da Umbanda, não podem deixar de ler este livro. Obra escrita pelo autor Roger Feraudy, médium sensitivo e um grande pesquisador de nosso remoto passado, faz valer o sincero elogio de uma ótima obra.
    Muitos acreditam que Umbanda seja um misto de religião e crendices que formaram de uma mistura de seitas e práticas africanas com o caldo cultural brasileiro; que não possui lógica, ou uma base que fundamente suas práticas e ritos. Este livro vem nos mostrar como a Umbanda, ou como remotamente era chamada pelos atlantes, Aumbandã, que significa Lei Maior, é muito, muito mais extensa e aprofundada em conhecimentos que superam de longe o que atualmente, com nosso orgulho, acreditamos saber.
    Era alta ciência praticada pelos atlantes e que recentemente, se reveste de elementos simples e humildes, para que possa alcançar todos os níveis de nossa sociedade. O livro nos entrega as chaves para a compreensão de vários enigmas relativos às entidades que trabalham na Umbanda, os rituais, os pontos, as oferendas, enfim, a vários aspectos que restam inexplicados em torno destes assuntos.
    Não se espante o leitor ao verificar o quanto encontrará de erros pelas tendas e terreiros umbandistas após a leitura desta obra. A ignorância humana sempre foi um entrave ao desenvolvimento de tudo que diz respeito ao progresso e, se por algum acaso, nos depararmos com erros grosseiros gerados pela falta de conhecimentos e estudos, lembremos primeiramente de agradecer aos nossos amigos, guias e protetores espirituais pela paciência e tolerância com que procuram nos ajudar e dirigir pelo caminho do Bem.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Espaço Ramatis – Criminosos e Marginalizados



    Pergunta - E que se deveria fazer com o criminoso irrecuperável, hostil e impermeável a qualquer orientação e auxílio a seu favor?
    Ramatis – A civilização terrícola move-se sob a determinação de um ciclo vicioso, em que as vítimas do passado situam-se posteriormente nos lares dos seus próprios algozes, a fim de se processar a reparação cármica e os ajustes espirituais.
    O pioneiros americanos invadiram o território dos peles-vermelhas, trucidando velhos, moços, mulheres e crianças para roubar-lhes as terras e os bens; a lei do carma, no entanto, obrigou a civilização americana a receber no seu seio os infelizes peles-vermelhas, desajustados violentamente nos seus antigos “habitats” comuns. E, por isso, eles hoje se movimentam no meio da civilização americana como almas agressivas e primárias que ainda são, na figura de fascínoras e “gangsters” impiedosos, praticando toda sorte de tropelias e violências contra a concepção moral moderna. Matavam no passado impelidos pelo próprio código de honra, que lhes glorificava o egoísmo de trucidar o inimigo valente. O pretos que foram caçados na África pelos capitães-de-mato do vosso país são hoje os “marginais” que proliferam nas favelas e que descem para as cidades provocando distúrbios e delinquências indesejáveis. Eram criaturas espiritualmente imaturas e irresponsáveis, tal qual as crianças que vivem os seus instintos e não sentimentos.
    E a vossa civilização terá de suportá-los com os seus problemas primários e desajustes censuráveis, porque eles vivem, atualmente, a mesma vida instintiva sem preconceitos e convenções, que lhes eram peculiares nas encarnações passadas. Em consequência, tereis de ser tolerantes, compreensivos e amorosos para com eles, cujos espíritos de “ex-africanos” ainda vibram a condição primária de sua vida anterior.
    Inúmeros pais pobríssimos ou afortunados afligem-se com o filho prevaricador, vigarista ou irresponsável, que os obriga a um reajuste cármico indesejável por força do próprio desajuste social. Naturalmente, esses progenitores ignoram que sob a vestimenta carnal consanguínea da família vive o espírito do negro africano, que outrora fora aprisionado no seio das florestas e posteriormente transportado como gado, no fundo dos navios negreiros e destinados à escravidão. Os negros africanos eram venturosos em suas palhoças primitivas, embora cultuando a sua música primária, a arte infantil, a viver os costumes selvagens sem os preconceitos da civilização. No entanto, os civilizados invadiram-lhes a comunidade e aprisionaram os mais capacitados, lançando-os no meio da civilização como animais degradados no seu “habitat” natural!
    Sem dúvida, seria absurdo que, depois de explorados pelos brancos, esses infelizes desajustados na civilização ainda fosses afastados do cenário dos seus próprios algozes. Mas a justiça sideral, infalível, fê-los nascer entre os próprios responsáveis pelas suas desventuras pretéritas cujo primarismo e instintividade cria os problemas de marginalismo, violência, desajuste social e ociosidade, porque ainda são criaturas completamente inadaptadas ao ambiente dos civilizados. Mas os brancos, algozes do passado, na sua fúria impiedosa, e orgulho condenável continuam a maltratar os negros primitivos, pois os matam como animais encurralados nas favelas ou nos desvãos das matas!
    Consequentemente, agrava-se cada vez mais a responsabilidade dos pseudo-civilizados, possivelmente antigos capitães-de-mato, caçadores de negros fugitivos, capitães negreiros de navios piratas, fazendeiros cruéis e exploradores de negras donzelas, que, em vez de indenizarem esses infelizes quanto aos prejuízos e as crueldades bárbaras de há poucos séculos, ainda hoje os perseguem e os trucidam sob o sofisma da inviolável justiça humana! Mas a Lei inflexível os espera, no além-túmulo, onde terão de gemer e ranger os dentes por muitos séculos e séculos de reparação.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Missão Ou Expiação?



    É natural ouvirmos qualquer um destes termos no meio espírita e muito comum também em livros ou textos, mas ainda existe muita confusão em saber diferenciá-los muito menos o que são exatamente. Missão e expiação são duas coisas distintas, bem diferentes e abaixo tentarei explicá-las de forma mais simples possível.
    Seria útil que lessem sobre o carma que nada é mais do que a Lei de ação de reação, para que possam compreender melhor o que seria expiação.   Todas as ações geram um efeito e na espiritualidade costuma se dizer que boas ações geram um carma positivo ou bom carma e as ações más, geram um carma negativo ou carma ruim. Pois bem, a expiação nada mais é do que o resgate do carma negativo através do sofrimento e trabalho, na maioria das vezes é duro e penoso. Não há para onde correr, perante a Lei Maior, todo débito há de ser ressarcido, e este “pagamento de débito” é o que se dá o nome de expiação.
    Como podemos notar entre os indivíduos, é o tipo mais comum de encarnação. Viemos a este mundo para progredir através das experiências, e a dor, como agente de resgate, é um companheiro inseparável de nossas vidas. Uns sofrem mais, outros menos; isto se dá pelo menor ou maior débito cármico, como também pelas escolhas das provas a que tenhamos escolhido antes de encarnarmos. Este resgate pode até ser adiado ou minimizado pelas boas ações e trabalho sincero no bem, mas nunca deixará de ser cobrado, pois que isto seria uma injustiça divina.
    Ao encarnarmos vamos assim “queimando” o carma ruim através das várias ocasiões em que nos deparamos com incidentes desagradáveis e penosos contra os quais nada parece evitar. Por nossa natural imperfeição, ao estarmos no mundo resgatando débitos, também vamos contraindo outros, o que nos mantêm presos num círculo vicioso até que por tremendo esforço de vontade, decida o homem a mudar completamente a sua maneira de ser. A este círculo vicioso os orientais o chamam de roda da encarnação.
    Superando o estágio evolutivo onde o ser humano está livre da “roda da encarnação”, passa o princípio inteligente a poder com mais liberdade, escolher de que forma poderá evoluir. Quando se decide a ajudar os irmãos que ficaram para trás na senda evolutiva e já possuindo em si conhecimentos, faculdades e pendores superiores, cumpre ele uma missão. 
    O espírito que encarna sem possuir saldo cármico negativo e cujo objetivo é instruir e ajudar a evoluir indivíduos, coletividades ou até mesmo áreas de estudos e conhecimentos, desempenha ele uma missão. Sendo assim, a missão é sempre cumprida por aqueles que, embora não tenham alcançado ainda o estado de perfeição, mas que por sua condição natural de superioridade em relação à humanidade, encarnam no globo a fim de concorrer à evolução humana.

Retorno ao blog




     Gostaria de pedir desculpas aqueles que estão sempre lendo as postagens de meu blog. Devido a razões de trabalho e saúde, deixei de colocar novos assuntos por mais de um mês, porém, retorno agora para dar continuidade as matérias e assuntos que fazem parte de estudos, pesquisas e leituras espíritas. Se possuírem alguma dúvida ou se não fui claro o suficiente sobre algo, podem coloca-la nos comentários da postagem, que no mesmo local tentarei responde-las. Acrescentei ao blog, na barra lateral direita uma seção com os últimos comentários postados, portanto é possível acompanha-los por lá. E por fim, se tiverem alguma sugestão para assuntos espíritas são bem vindos a participarem. Que Deus e a alta espiritualidade nos ajude nesta pequena e modesta empreitada de esclarecimento. Muita paz a todos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Harmonia Musical


    Como a música e uma das coisas que mais gosto nesta vida, não poderia deixar de colocar algo a seu respeito neste nosso espaço. Infelizmente a humanidade atual se nivela pelo que há de mais inferior e isto se reflete também no que o povo costuma ouvir e que apelidam de música. Barulho não é composição e grunhido não é canto, que injustiça é cometida aos artistas que dedicam décadas de suas vidas a estudar a música e a harmonia quando qualquer um que diz tocar alguma coisa se intitula músico. Como sempre falei, é possível avaliar o estado evolutivo de uma pessoa pelo que ela escuta... Leiam abaixo a psicografia do Maestre Rossini obtida por Kardec e publicada no livro “Obras Póstumas”.

    “A harmonia é difícil de definir, frequentemente confundem-na com a música, com o som resultante de um arranjo de notas e de vibrações de instrumentos produzindo esse arranjo. Mas a harmonia não é isso, não mais do que a chama não é a luz. Pode-se conceber a luz sem chama e a harmonia sem música... O sentimento, no compositor é a harmonia; a sensação no ouvinte é também harmonia, com a diferença de que ela é concebida por um e recebida pelo outro. A música é o instrumento da harmonia, ela a recebe e a dá. Ela a torna mais ou menos desvirtuada segundo seja mais ou menos executada...
    A harmonia é tão indefinível quanto a felicidade, o medo e a cólera: é um sentimento. Não é compreendido senão quando possuída, e não é possuída senão quando adquirida. O homem que é alegre não pode explicar a sua alegria; aquele que tem medo não pode explicar o seu medo; eles podem dizer os fatos que provocam esses sentimentos, definí-los, descrevê-los, mas os sentimentos restam inexplicados. O fato que causa a alegria de um não produzirá nada sobre o outro; o objeto que ocasiona o medo de um produzirá a coragem de outro. As mesmas causas são seguidas de efeitos contrários. Isso existe porque o sentimento é propriedade da alma, e que as almas diferem entre si de sensibilidade, de impressionabilidade e de liberdade.
    A música que é a causa segunda da harmonia percebida, penetra e transporta um e deixa o outro frio e indiferente. É que o primeiro está em estado de receber a impressão que produz a harmonia, e que o segundo está num estado contrário; ele ouve o ar que vibra, mas não compreende a idéia que lhe transporta. Este chega ao aborrecimento e adormece, aquele ao entusiasmo e chora. Evidentemente os homens que gostam das delícias da harmonia é mais elevado, mais depurado do que aquele que ela não pode penetrar; a sua alma está mais apta a sentir; libertar-se mais facilmente, e a harmonia ajuda a libertar-se; ela a transporta e lhe permite ver melhor o mundo moral. De onde é necessário concluir que a música é essencialmente moralizadora, uma vez que leva a harmonia às almas, e que a harmonia as eleva e engrandece.
    E agora, se se considera que a harmonia flui do espírito, disso se deduzirá que se a música exerce uma feliz influência sobre a alma, a alma que a concebe, exerce também uma influência sobre a música. A alma virtuosa, que tem a paixão do bem, do belo, do grande e que adquiriu a harmonia, produzirá obras primas capazes de penetrar as almas mais blindadas e comovê-las. Se o compositor ainda é uma alma inferior, como representará a virtude que ele desconhece, o belo que ignora e o grande que não compreende? Suas composições serão o reflexo de seus gostos sensuais, de sua leviandade, de sua indiferença. Elas serão ora licenciosas e ora obscenas, ora cômicas, ora burlescas; comunicarão aos ouvintes os sentimentos que exprimirão e os perverterá ao invés de melhorá-los.”
 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Mensagens de Emmanuel - Ricamente



“A palavra do Cristo habite em vós, ricamente...” – Paulo (Colossenses, 3:16)

Dizes confiar no poder do Cristo, mas, se o dia aparece em cores contrárias à tua expectativa, demonstras deplorável indigência de fé na inconformação.
Afirmas cultivar o amor que o Mestre nos legou, entretanto, se o companheiro exterioriza pontos de vista diferentes dos teus, mostras enorme pobreza de compreensão, confiando-te ao desagrado e à censura.
Declaras aceitar o Evangelho em sua simplicidade e pureza, contudo, se o Senhor te pede algum sacrifício perfeitamente compatível com as tuas possibilidades, exibes incontestável carência de cooperação, lançando reptos e solicitando reparações.
Asseveras procurar a Vontade do Celeste Benfeitor, no entanto, se os teus caprichos não se encontram satisfeitos, mostras lastimável miséria de paciência e esperança, arrojando teus melhores pensamentos ao lamaçal do desencanto.
Acenderemos, porém, a luz, permanecendo nas trevas?
Daremos testemunho de obediência, exaltando a revolta?
Ensinaremos a serenidade, inclinando-nos à desesperação?
Proclamaremos a glória do amor, cultivando o ódio?
A palavra do Cristo não nos convida a marchar na fraqueza ou na lamentação, como se fôssemos tutelados da ignorância.
Segundo a conceituação iluminada de Paulo, a Boa Nova deve irradiar-se de nossa vida, habitando a nossa alma, ricamente.