quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mediunidade – O que é isto?



    É claro que uma das primeiras dúvidas para quem está começando ou iniciando em espiritualidade é: o que é a mediunidade? A literatura espírita e a internet está repleta de explicações a respeito e minha intenção não é me aprofundar muito no assunto, mas colocar algo resumido e de simples entendimento.
    Mediunidade nada mais é do que a ou as faculdades que o indivíduo possua de comunicar-se ou transmitir algum tipo de informação falada, escrita ou até mesmo sentida. Ou seja, ser médium significa apenas ser “o meio” pelo qual uma mensagem é transmitida a alguém. A mediunidade sempre existiu em qualquer tempo da humanidade, sempre mal compreendida e muito menos estudada; a história é repleta de fatos fantásticos que com a compreensão dos recursos mediúnicos, torna-se perfeitamente viável.
    Como qualquer coisa que existe no universo, a mediunidade está sujeita a leis e mecanismos de funcionamento que são pouco conhecidos ainda pelo homem. Para entendê-la um pouco melhor é necessário o estudo de energias, magnetismo, corpos astrais, chakras ou centros de força, animismo, um pouco de psicologia e a tão mencionada lei do carma.
    Todo ser humano é um médium em potencial, pode não ter as faculdades plenamente desenvolvidas, e nem a evolução humana a comporta ainda, porém todos somos médiuns em certo grau, podendo, como na maioria das vezes ocorre, nem suspeitar que tal fenômeno esteja ocorrendo, pois as interações entre os mundos material e espiritual acontecem constantemente de tal maneira que um atua sobre o outro, como nos explicou Kardec.
Muitas pessoas “correm” ao ouvir falar disto e até mesmo evitam qualquer menção a respeito sempre que acontece “algo sobrenatural” e que por medo ou ignorância tentam até enganarem-se, negar para si mesmas o que presenciou, criando a famosa historinha q foi tudo fruto da imaginação...
    Bom, no espiritismo há um ditado que diz “se não vem por amor vem pela dor”, e refere-se ao caso das pessoas que vivenciaram por diversas vezes em suas vidas fatos mediúnicos e negaram-se a aprofundar-se no assunto ou ignoraram completamente o que ocorria, o que resulta no final de algum tempo em desequilíbrio psíquico ao “médium fujão”.
    Como cada caso é um caso, e estou falando de forma genérica, quero esclarecer que a mediunidade possui um objetivo: o de praticar o bem. E quando não exercido de forma correta traz muitos prejuízos a seu portador. Muitas pessoas alegam: “é injusto, eu nunca fiz o mal!”, porém como o próprio Kardec explica no Livro dos Espíritos, deixar de fazer o bem também é um mal, pois respondemos pelo mal que veio a surgir pala falta do bem realizado. Sendo assim, quem não utiliza a mediunidade para a prática do bem e da caridade, é um grande candidato a frequentar uma clínica psiquiátrica.
    Nas próximas postagens pretendo aprofundar mais o tema que é rico e repleto de informações.

Para Degustar e Refletir - Ramatis

    Como havia mencionado antes, estou postando 3 perguntas feitas a Ramatis e extraídas do livro A Vida Humana e o Espírito Imortal. Como estamos em época de eleição, selecionei as duas primeiras referentes ao tema, a última fala a respeito da utilização do álcool no nosso mundo. Leiam e reflitam!

    Pergunta – Por que os sistemas de governo, do nosso mundo, não correspondem integralmente às ansiedades dos povos governados?
    Ramatis – Conforme conceitua a Lei Espiritual, “a cada um será dado conforme as suas obras”, assim, também justifica-se perfeitamente o velho refrão popular, de que “o povo tem o governo que merece”! A humanidade terrícola ainda é insatisfeita e turbulenta, dividida em agrupamentos nacionalistas adversos, doutrinas religiosas e credos separatistas, a defender interesses exclusivos em conflitos recíprocos.
    Os povos da Terra são belicosos, egotistas, indisciplinados, ciumentos, avaros, racistas e orgulhosos, quando se trata de nações poderosas e dominantes; mas choramingam, lastimam-se quais vítimas injustiçadas, depois que se enfraquecem ou são humilhados nas guerras pelos adversários vitoriosos. As nações lembram as criaturas descontroladas em suas emoções, capazes de atingir os piores extremos de ambição e violência, quando fortes e independentes, mas que se acovardam, servilmente, ao tombarem de seus pedestais de vento!
    Os povos gritam e protestam contra os seus dirigentes, tachando-os de políticos ambiciosos, corruptos ou venais, porque eles não lhes satisfazem integralmente as pretensões pessoais! Mas esquecem-se de que são governados por homens da mesma fonte humana, ou gerados no meio ambiente, os quais apenas refletem as idiossincrasias do todo que é governado.  Os eleitos elegem os seus dirigentes por sua livre e espontânea vontade; no entanto, grande parte desse quadro eleitoral avilta-se nos conchavos, perfídias e estratagemas censuráveis a fim de eleger o seu candidato simpático, ou que fez as melhores promessas! Evidentemente, num clima de desonestidade, ambições e interesses de grupos, jamais surgirá um candidato isento de qualquer falha ou defeito, porque ele representa a síntese dos seus próprios eleitores!
    Os mandatários são produtos do próprio meio que governam, proporcionando os frutos segundo o tipo do terreno onde se nutrem!

    Pergunta: Tratando-se de assunto de suma importância para a nosso aprendizado, quais as suas considerações relativas ao “Evangelho de Jesus” num confronto com as doutrinas do mundo?
    Ramatis – É de senso comum que a saúde de um conjunto depende da saúde das partes; o equilíbrio, a harmonia e a eficiência de um sistema político, terão de depender, das condições sadias das partes! A beleza de um jardim depende da harmonia e coerência estética entre as espécies de flores que o compõem.
    Assim, os governados não podem criticar os seus governos, pois eles constituem-se dos valores positivos e negativos do próprio povo a que estão vinculados. Muitas vezes, os indivíduos de certo sistema político exigem um governo perfeito dentro de um ambiente em que praticam e consentem as mais censuráveis relações ilícitas de ordem comercial, política ou moral. Agiotas, ladravazes, mistificadores, hipócritas, avarentos, falsários, sonegadores, imorais, fanáticos, homicidas, alcoólatras e outros viciados não se cansam de censurar e arrasar o governo a que deram seu voto, exigindo um homem iluminado no seio da própria abominação!
    Há quem critica a administração pública junto à mesa regada a álcool dos ambientes prostituídos; aqui, o negociante acusa severamente a inescrupulosidade do governo, enquanto rouba furtivamente no peso da mercadoria comprada pelo freguês; ali, o cidadão se enfurece exigindo mais assistência pública, enquanto sonega o fisco e o imposto de renda; acolá, comenta-se a negociata dos representantes do governo, ouvindo-se o rádio adquirido de contrabando! Então exige-se dos responsáveis administrativos o máximo de perfeição, enquanto, praticam-se atividades ilícitas e censuráveis pela moral comum!
    Evidentemente, pouco importa a natureza dos sistemas políticos e doutrinários do mundo que eles governam, se os homens que os compõem ainda são ineptos, imorais, desonestos, agiotas, racistas, viciados e maldosos! O mundo jamais logrará o seu equilíbrio mudando de sistemas políticos, ou etiquetas “salvacionistas” que não melhoram o conteúdo humano! Daí a ascendência do sistema “Evangelho”, o qual é denominador comum de um estado de espírito superior, como é o Amor, acima de qualquer interesse político ou doutrinário.

    Pergunta – Alegam alguns homens célebres que, se Deus permitiu a descoberta do álcool no mundo, evidentemente, é para se bebê-lo! Que dizeis?
    Ramatis – Deus não induziu a descoberta do álcool para o homem se embriagar, assim como da descoberta do ácido sulfúrico ninguém deve se matar! Ele quis prover a humanidade de um elemento útil para aliviar os problemas mais simples da vida. Caso o Senhor considerasse o álcool bebida para ser ingerida sem qualquer controle, é indubitável que também teria criado as fontes, os riachos e rios prenhes de vinho, cerveja, uísque, licores e cachaça; jamais teria enchido de água. Mas é a concupiscência, a ganância e a falta de escrúpulo de lucros ilícitos e fáceis que induzem os homens a se explorarem mutuamente no intercâmbio do alcoolismo oneroso e funesto.
    A propaganda alcoólica é feita por hábeis artistas através de quadros atraentes e multicores, que sugerem as mais excêntricas bebidas corrosivas à conta de verdadeiras ambrosias dos deuses! Aliás, maquiavelicamente, a indústria já introduz álcool em doces, chocolates e bombons finos, a fim de habituarem desde muito cedo, as crianças, ao condicionamento tóxico e assim garantirem novos clientes no futuro.
Embora certas descrições da Bíblia, que aparentemente endossam o uso de álcool, Jesus e seus apóstolos nada disseram de favorável a esse vício nefasto. Aliás, Paulo é bem claro quando assim adverte: “Nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os que se dão à embriaguez, nem os maldizentes possuirão o reino de Deus” (I Coríntios, 6:9-10).

Espaço Leitura: A Vida Humana e o Espírito Imortal



     Este livro é de Ramatis psicografado pelo médium Hercílio Maes, é um excelente trabalho, como costuma ser cada obra feita por Ramatis. Neste livro, que segue o mesmo estilo de perguntas e respostas adotadas pelo autor, Ramatis aborda de forma clara e bastante objetiva os seguintes temas: problemas de infância, problemas de família, da limitação de filhos, problemas de alimentação, de trabalho, de idiomas, dos governos, dos vícios de fumar e de beber, assim como também os problemas de religião.
     A maneira corajosa e destemida que caracteriza as respostas de Ramatis estão presentes nestes ensinamentos, mais um vez fica clara e incontestável o nível de sabedoria, inteligência e sagacidade deste espírito ao abordar temas tão polêmicos com respostas que beiram a perfeição.
      Cada um dos temas abordados no livro, são muito bem desenvolvidos ao longo das perguntas e respostas deixando o leitor sem dúvidas sobre o que é explicado por Ramatis. A despreocupação com rótulos, aparências, sistemas, em suma, com a exterioridade das coisas em si é vista como um dos pontos principais para que o homem saiba e aprenda a valorizar a importância da reforma íntima e a conquista de valores superiores do espírito.
     Apenas por falar, talvez acreditem que eu esteja exageranda, mas na próxima postagem colocarei alguns trechos do livro para que o leitor tire suas próprias conclusões.

Rochester – Prazer em cada leitura



    Escritor igual ao conde John Wilmot Rochester é difícil de encontrar. Seus livros costumam narrar de forma romanceada suas encarnações e a de seu grupo familiar de espíritos com uma riqueza invejável na construção dos ambientes, cenários e personagens. Cada obra sua é digna de um prêmio. Como grande fã que sou de Rochester torna-se até difícil comentá-lo, digamos que após Rochester muitos romances de outros autores perderam a graça para mim.
    O curioso deste autor é que apesar de ser um espírito já bem avançado em conhecimentos e inteligência, Rochester parece gostar das tramas e artimanhas humanas, fazendo com que cada narrativa sua seja uma reviravolta do início ao fim. Vários contextos são construídas e depois destruídas para serem construídas novamente, surpreendendo sempre o leitor que não sabe o que esperar no final da trama. Difícil mesmo é separar a realidade da fantasia em livros que Rochester utiliza de figuras de linguagem e toques de genialidade sempre nos deixando de boca aberta com o desfecho de suas estórias.
    Quase a totalidade de suas obras foram psicografas pela médium russa Vera Kryzhanovskaia, no período que abrange entre os anos de 1885 a 1917, lembrando ainda que muitos de seus livros foram premiados na Europa por organizações literárias que não possuíam vínculo com qualquer movimento espiritualista. Com um total de 51 livros psicografados por ela, os romances englobam variados períodos históricos, desde a Assíria, passando pelo Egito, Pompéia, Roma, a Grécia da Idade Antiga, a Europa da Idade Média, a França da Renascença e de Luís XI de França, além de cenários dos primórdios do século XX, e todos repletos de descrições sobre as culturas e personagens descritos nos livros.
    O que possuímos de informação sobre ele é que John Wilmot, foi o Segundo Conde de Rochester (Ditchley, 1 de abril de 1647 — 26 de julho de 1680), um libertino inglês, amigo do rei Carlos II e escritor de muita poesia satírica e obscena, características que o tornaram popular. No espiritismo, é mais conhecido como J. W. Rochester.
    Foi uma célebre figura da corte da Restauração inglesa e patrono das artes. Apesar de ter casado-se com a herdeira Elizabeth Malet, possuiu muitas amantes, entre elas a atriz Elizabeth Barry. Foi muito divulgado que ele teria renunciado ao ateísmo em seu leito de morte.
    Deixo a dica que os seguintes livros são excelentes: “A Vingança do Judeu”, “Herculanum” e “Abadia dos Beneditinos”.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ramatis – Expoente do Conhecimento




     Muitos espíritas nunca ouviram falar de Ramatis, ou apenas um simples comentário a seu respeito, mas para quem estuda espiritualidade, é fundamental dar uma folheada no que este espírito ensinou e nos ensina ainda. De uma inteligência notória, ele veio esclarecer e aprofundar-se em questões modernas, intrigantes e muitas vezes polêmicas. Uma das características principais dele é que não possui aquele “cuidado em não ferir o ego dos leitores”, ele fala o que precisa, doa a quem doer; motivo pelo qual também é vítima de muitas críticas pelos meios espíritas, uma vez que reprova abertamente qualquer prática humana contrária aos princípios do Cristo.
     O principal médium que psicografou suas obras, ou que teve maior destaque no Brasil foi Hercílio Maes com mais de dez trabalhos publicados. Seus livros são mais didáticos, abordando temas específicos e seguindo uma linha de perguntas e respostas, não sendo portanto, livros romanceados. Ramatis diz ser universalista, que quer dizer que ele mesmo não procurou classificação entre os diversos grupos espiritualistas e espíritas. 
     Pouca coisa sabemos das reencarnações dele e transcrevo aqui do que foi encontrado no wikipedia: “Sua última encarnação teria sido na Indochina do século X d.C., segundo o médium Hercílio Maes. À época, teria sido instrutor em um santuário iniciático, falecendo ainda cedo. Em vida no século IV teria participado dos acontecimentos narrados no poema hindu Ramaiana. Segundo o médium Wagner Borges, o nome Ramatis homenageia dois personagens do Ramaiana: Lord Rama e sua esposa Sita. Também segundo Wagner Borges, Ramatis não teria nascido na Indochina, mas na Índia, por suas caraterísticas hinduístas.” Temos conhecimento de que Ramatis também viveu na extinta Atlântida e já nestas épocas recuadas era sumo sacerdote das escolas de iniciação do continente perdido e diz-se ainda que ele teria sido o grande matemático e filósofo Pitágoras, assim como Filon de Alexandria, período em que pode ter contato direto com Jesus Cristo. Também em sua passagem pelo Egito, no templo do faraó Mernefta, filho de Ramsés; no Egito, Ramatís era então o sacerdote Amenófis.
     Apresentado o ilustre mestre Ramatis, em breve trarei ao blog alguns temas e informações abordadas em algumas de suas obras.
     Curiosidades sobre Hercílio Maes:
    O médium Hercílio Maes, embora fosse reservado quanto a esse assunto, escreveu extensa obra psicografada de Ramatís e, segundo conversas íntimas com pessoas próximas a ele, relatou que teria sido "adotado" por Ramatís quando de sua primeira encarnação expiatória, no Egito, no reinado de Akenaton (Amenófis IV, cerca de 1370 - 1352 a.C.), na qual exercia a modesta profissão de aguadeiro.
     Em determinada ocasião, respingou água nas sandálias de uma dama da corte e, num julgamento sumário, foi condenado à morte. Ramatís intercedeu e o faraó ofertou-o a Ramatís. Colaborando com esse relato, em 2002, durante a revisão do livro Akhenaton, obra histórica psicografada pelo médium Roger Bottini Paranhos, constatou-se que Ramatís aparece ali como o sumo sacerdote do faraó, com o nome de Meri-Rá.

Espaço Leitura: A Marca da Besta



     Criando este espaço para comentar os livros que tenho lido, vou começar por uma obra que traz muitas polêmicas. Psicografada por Robson Pinheiro, e escrita pelo espírito Ângelo Inácio, o livro possui uma linguagem simples e fácil de compreender. Nada muito rebuscado ou cansativo, muito embora o seu conteúdo esteja repleto de informações inéditas, novos conhecimentos e descrições bastantes detalhadas das dimensões e formas de vida espirituais citadas no livro. Para quem já conhece as obras de Robson Pinheiro em parceria com o espírito Ângelo não irá estranhar o jeito irreverente e aberto de abordar os temas que o livro propõe a estudar.
     É o terceiro livro da trilogia “O Reino das Sombras”, mas quem não leu os livros anteriores não precisará ficar muito preocupado, pois o livro não é uma continuação estrita da história contada nele, porém a continuação do tema desenvolvido na trilogia, que busca trazer a conhecimento as coletividades comprometidas com as forças maléficas, assim como também os personagens que estão presentes nos livros.
     Muito criticado pelos espíritas “ortodoxos”, o livro em si, como quase toda a obra de Robson Pinheiro, não se restringe a assuntos já amplamente estudados nos meios espíritas, sempre traz muita informação nova e devido a este ineditismo é que os chamados “ortodoxos” ficam meio que “pé atrás” em relação ao seu trabalho, e pelo fato também que vários dos espíritos mencionados nos livros, possuem envolvimento com o meio umbandista, algo que cria certo preconceito, mas que logo desaparece em vista do alto nível de conhecimento e aprendizado superior transmitido por tais espíritos.
     Ponto brilhante do livro é que introduz a figura dos agêneres, classe de espíritos endurecidos no mal e que foram capazes de “roubar” duplo etéricos e memórias de encarnados para tomar-lhes a posição no mundo material e viverem como se estes fossem. Se contar é claro, toda a explicação que traz a respeito dos dragões e de seus planos maléficos para o mundo. Ao final do livro, é algo até assustador, o fato de podermos constatar como o domínio das forças infernais abrange praticamente todos os setores da vida na Terra. Não alongando-me mais na explicação do livro para não tirar o prazer do leitor em estuda-lo, quero dizer que é um ótimo livro para quem deseja descobrir mais a respeito do mundo espiritual, das leis que vigoram no espaço e das coletividades que existem em dimensões “inferiores” à nossa. 

Kardec, como não falar dele?

 

 "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei."
 


    Quando se fala de espiritismo, impossível não mencionar Allan Kardec. Mas quem foi este homem? Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceu em 3 de outubro de 1804 na cidade Lyon na França e veio a falecer em 31 de março de 1869 na cidade de Paris aos 64 anos. Não fosse a obra espírita, o professor Hippolyte teria sido um homem notável em seu tempo, discípulo do célebre professor Pestalozzi, construí uma carreira brilhante na França como pedagogo. Escreveu vários livros pedagógicos, entre os quais nove deles se destacam. Entre diplomas e prêmios podemos contar dez deles. Como professor ensinava as seguintes matérias: Química, Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês, sem contar que era fluente em diversas línguas. 
Para compreender o trabalho realizado por ele, teremos que nos situar no quadro cultural em que Kardec viveu. Século XVIII, marcado por dois grandes conflitos ideológicos, de um lado o poder da igreja querendo dominar e determinar o que é verdade ou não, e de outro, o crescente cientificismo moderno rejeitando qualquer coisa que não pudesse ser pesada ou medida. É neste meio que Kardec irá propagar as idéias espiritualistas que defendeu, porém, com uma série de métodos e princípios, onde conseguiu colocar o espiritismo dentro das regras do rigorismo científico. Eis porque o espiritismo é chamado de ciência.
     Atribui-se a Kardec o título de codificador do espiritismo, isto porque em suas cinco obras fundamentais foi uma compilação de vários textos instrutivos ditados por vários espíritos e psicografados por médiuns diferentes, claro que aplicando a eles todo um processo didático para aprendizado e estudo, arte na qual era exímio profissional.
     Para qualquer pessoa interessada em espiritualidade, independente de credo ou religião, é interessante e muito, o estudo de seus livros, com destaque em “O Livros dos Espíritos” e “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, pois traz bases sólidas para o estudo e intercâmbio com o mundo espiritual além de todo conhecimento que implica na reforma íntima do ser humano, buscando sempre separar o que é realidade da fantasia ou mitos.
    Uma observação curiosa é que no Brasil costuma-se confundir qualquer movimento espiritualista com espiritismo, o que é uma classificação incorreta. Em nosso “caldo popular”, várias culturas, principalmente as afrodescendentes, trouxeram consigo rituais e religiões que possuem contato direto com espíritos, daí confundirem qualquer prática espiritualista com espírita, o que é diferente. O Espiritismo segue os preceitos e os métodos que Kardec descreveu em suas obras, tendo assim, um caráter mais científico, se é que podemos falar assim. 
Em futuras postagens, voltarei a mencionar mais sobre o assunto.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

É Chegada a Hora!

Acordei hoje sentindo que tinha que fazer algo diferente, algo novo e pensei: por que não? Sou um estudioso do espiritismo há aproximadamente uns dez anos. Sempre buscando encontrar as chaves para os mistérios que a vida nos apresenta. Quem de nós não passou por momentos angustiosos, daqueles momentos em que não somos capazes de aceitar o que acontece, quando a revolta nos domina e a raiva ou desespero aparece em face de nossa impotência em mudar as coisas como gostaríamos que fossem... É, não podemos, não podemos alterar a realidade ao sabor de nossa vontade, não podemos seque refazer o que passou a poucos momentos apenas. Remorso? Quem não conhece esta palavra. Dor? Parece uma companheira sempre presente em nossas vidas, quando não está atuando, parece uma sombra sempre a se esgueirar atrás de nós... Mas e a esperança? A felicidade? Onde estão? Junto aos homens que se dizem os vencedores da vida? Não tive ainda o prazer de conhecer um destes pessoalmente... Quem vive na Terra sem dores e sem sofrimento? Quando muito, momentos de alegria, prazeres, conquistas, mas tudo passageiro, as próprias pessoas passam em nossas vidas, e afinal, com o que ficamos? Para que esta luta, esta dor, tanto sofrimento se tudo acabará com o tempo?

    Foi em busca de respostas como estas que me dediquei a estudar, e neste período, acumulei bastante informação. E meu amigo, é difícil encontrarmos pessoas com “mente aberta”, buscando conhecimento espiritual em nosso mundo. Quantas pessoas são levadas de roldão pela ilusão da vida material? Quantos vivem exclusivamente na animalidade sem perceber ao menos que para tudo existe um propósito? Quantos vivem sem fazer a simples pergunta: por quê? E pior, quantos há que julgam saber tudo e com sua visão estrita, acreditam abarcar toda a Verdade? 

    Bom, sem ter a presunção de tudo saber, creio é chegada a hora de compartilhar o pouco que aprendi sobre espiritismo e espiritualismo, criando este espaço para que possamos trocar idéias e experiências, conhecimentos e informações. O espiritismo e os movimentos espiritualistas vivem hoje algo que parece uma “enxurrada” de informações, Chico Xavier está na moda, mas o que há de verdade, de verídico, o que é confiável nisto tudo? Quantos iniciantes estão perdidos em meio a tanta informação ou falta dela? Se pensa assim meu amigo, lhe convido a participar deste espaço também. Seja bem-vindo, pois é com alegria que inauguro nosso modesto blog Spiritual.