segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fanatismo – O Perigo das Religiões (continuação)



    Para continuar a comentar sobre o tema procurei no Wikipedia a definição da palavra fanatismo: “Fanatismo (do francês "fanatisme") é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política. É extremamente freqüente em paranóides, cuja apaixonada adesão a uma causa pode avizinhar-se do delírio. Em Psicologia, os fanáticos são descritos como indivíduos dotados das seguintes características: 1. Agressividade; 2. Preconceitos vários; 3. Estreiteza mental; 4. Extrema credulidade quanto ao próprio sistema, com incredulidade total quanto a sistemas contrários; 5. Ódio; 6. Sistema subjetivo de valores; 7. Intenso individualismo; 8. Demora excessivamente prolongada em determinada situação/circunstância”.
    É bem claro o texto quando expressa que o fanatismo é um estado irracional, convém lembrar aqui que Kardec ao codificar o Espiritismo deixou CLARO que qualquer interpretação irracional deve ser repudiada, pois tudo fundamenta-se em leis e princípios lógicos e racionais, onde assim, desfere ele um profundo golpe sobre as crendices e mitos que giram em torno dos estudos espíritas.
    Lamentamos ver irmãos que abdicam do ato de raciocinar, ponderar e refletir sobre o que quer que seja alegando estar assim agradando a Deus. Muitos religiosos acreditam que somente pela fé o homem pode alcançar uma pretensa salvação após a morte. Lembremos que a fé ensinada por Cristo nunca foi cega, pois Ele mesmo foi um ilustre Mestre a ensinar a todos, independente de raça ou condição social, através de suas parábolas para que o povo inculto e ignorante pudesse compreender alguma coisa sobre as Leis Maiores da Vida. Que necessidade haveria de ensinamento e compreensão se para uma fé cega bastaria apenas a crendice? Não seria melhor que Jesus tivesse vindo soltando raios, ordenando e exigindo obediência a Ele?
    Apurar os sentimentos através de uma fé inabalável no Criador é um dever de todo cristão, porém não esqueçamos que a lógica e o raciocínio também foram dados ao homem pelo mesmo Criador para que deles fizéssemos bom uso, não para que fossem renunciados por nenhum pretexto. Ademais, vale lembrar também que toda crença somente se torna sólida quando se apoia no conhecimento. A crendice de que imagens poderiam ser transmitidas de qualquer ponto do globo para aparelhos capazes de recebê-las só foi bem aceita por todos quando souberam e compreenderam a explicação física das ondas de rádio frequência e transmissão a longas distâncias.
    Algo semelhante se sucede também a tudo o que diz respeito à espiritualidade, uma vez que conhecendo e compreendendo os fenômenos e leis que regem o universo, o ser humano sai do abstrato e da crendice para algo palpável, explicável e racional como demanda a índole do homem científico do século vinte e um. Quando afirmou Jesus que nem só de pão viveria o homem quis com isto dizer que o conhecimento e a compreensão de tudo o que existe faz parte da índole humana.

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