quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Para Degustar e Refletir - Ramatis

    Como havia mencionado antes, estou postando 3 perguntas feitas a Ramatis e extraídas do livro A Vida Humana e o Espírito Imortal. Como estamos em época de eleição, selecionei as duas primeiras referentes ao tema, a última fala a respeito da utilização do álcool no nosso mundo. Leiam e reflitam!

    Pergunta – Por que os sistemas de governo, do nosso mundo, não correspondem integralmente às ansiedades dos povos governados?
    Ramatis – Conforme conceitua a Lei Espiritual, “a cada um será dado conforme as suas obras”, assim, também justifica-se perfeitamente o velho refrão popular, de que “o povo tem o governo que merece”! A humanidade terrícola ainda é insatisfeita e turbulenta, dividida em agrupamentos nacionalistas adversos, doutrinas religiosas e credos separatistas, a defender interesses exclusivos em conflitos recíprocos.
    Os povos da Terra são belicosos, egotistas, indisciplinados, ciumentos, avaros, racistas e orgulhosos, quando se trata de nações poderosas e dominantes; mas choramingam, lastimam-se quais vítimas injustiçadas, depois que se enfraquecem ou são humilhados nas guerras pelos adversários vitoriosos. As nações lembram as criaturas descontroladas em suas emoções, capazes de atingir os piores extremos de ambição e violência, quando fortes e independentes, mas que se acovardam, servilmente, ao tombarem de seus pedestais de vento!
    Os povos gritam e protestam contra os seus dirigentes, tachando-os de políticos ambiciosos, corruptos ou venais, porque eles não lhes satisfazem integralmente as pretensões pessoais! Mas esquecem-se de que são governados por homens da mesma fonte humana, ou gerados no meio ambiente, os quais apenas refletem as idiossincrasias do todo que é governado.  Os eleitos elegem os seus dirigentes por sua livre e espontânea vontade; no entanto, grande parte desse quadro eleitoral avilta-se nos conchavos, perfídias e estratagemas censuráveis a fim de eleger o seu candidato simpático, ou que fez as melhores promessas! Evidentemente, num clima de desonestidade, ambições e interesses de grupos, jamais surgirá um candidato isento de qualquer falha ou defeito, porque ele representa a síntese dos seus próprios eleitores!
    Os mandatários são produtos do próprio meio que governam, proporcionando os frutos segundo o tipo do terreno onde se nutrem!

    Pergunta: Tratando-se de assunto de suma importância para a nosso aprendizado, quais as suas considerações relativas ao “Evangelho de Jesus” num confronto com as doutrinas do mundo?
    Ramatis – É de senso comum que a saúde de um conjunto depende da saúde das partes; o equilíbrio, a harmonia e a eficiência de um sistema político, terão de depender, das condições sadias das partes! A beleza de um jardim depende da harmonia e coerência estética entre as espécies de flores que o compõem.
    Assim, os governados não podem criticar os seus governos, pois eles constituem-se dos valores positivos e negativos do próprio povo a que estão vinculados. Muitas vezes, os indivíduos de certo sistema político exigem um governo perfeito dentro de um ambiente em que praticam e consentem as mais censuráveis relações ilícitas de ordem comercial, política ou moral. Agiotas, ladravazes, mistificadores, hipócritas, avarentos, falsários, sonegadores, imorais, fanáticos, homicidas, alcoólatras e outros viciados não se cansam de censurar e arrasar o governo a que deram seu voto, exigindo um homem iluminado no seio da própria abominação!
    Há quem critica a administração pública junto à mesa regada a álcool dos ambientes prostituídos; aqui, o negociante acusa severamente a inescrupulosidade do governo, enquanto rouba furtivamente no peso da mercadoria comprada pelo freguês; ali, o cidadão se enfurece exigindo mais assistência pública, enquanto sonega o fisco e o imposto de renda; acolá, comenta-se a negociata dos representantes do governo, ouvindo-se o rádio adquirido de contrabando! Então exige-se dos responsáveis administrativos o máximo de perfeição, enquanto, praticam-se atividades ilícitas e censuráveis pela moral comum!
    Evidentemente, pouco importa a natureza dos sistemas políticos e doutrinários do mundo que eles governam, se os homens que os compõem ainda são ineptos, imorais, desonestos, agiotas, racistas, viciados e maldosos! O mundo jamais logrará o seu equilíbrio mudando de sistemas políticos, ou etiquetas “salvacionistas” que não melhoram o conteúdo humano! Daí a ascendência do sistema “Evangelho”, o qual é denominador comum de um estado de espírito superior, como é o Amor, acima de qualquer interesse político ou doutrinário.

    Pergunta – Alegam alguns homens célebres que, se Deus permitiu a descoberta do álcool no mundo, evidentemente, é para se bebê-lo! Que dizeis?
    Ramatis – Deus não induziu a descoberta do álcool para o homem se embriagar, assim como da descoberta do ácido sulfúrico ninguém deve se matar! Ele quis prover a humanidade de um elemento útil para aliviar os problemas mais simples da vida. Caso o Senhor considerasse o álcool bebida para ser ingerida sem qualquer controle, é indubitável que também teria criado as fontes, os riachos e rios prenhes de vinho, cerveja, uísque, licores e cachaça; jamais teria enchido de água. Mas é a concupiscência, a ganância e a falta de escrúpulo de lucros ilícitos e fáceis que induzem os homens a se explorarem mutuamente no intercâmbio do alcoolismo oneroso e funesto.
    A propaganda alcoólica é feita por hábeis artistas através de quadros atraentes e multicores, que sugerem as mais excêntricas bebidas corrosivas à conta de verdadeiras ambrosias dos deuses! Aliás, maquiavelicamente, a indústria já introduz álcool em doces, chocolates e bombons finos, a fim de habituarem desde muito cedo, as crianças, ao condicionamento tóxico e assim garantirem novos clientes no futuro.
Embora certas descrições da Bíblia, que aparentemente endossam o uso de álcool, Jesus e seus apóstolos nada disseram de favorável a esse vício nefasto. Aliás, Paulo é bem claro quando assim adverte: “Nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os que se dão à embriaguez, nem os maldizentes possuirão o reino de Deus” (I Coríntios, 6:9-10).

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