quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Kardec, como não falar dele?

 

 "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei."
 


    Quando se fala de espiritismo, impossível não mencionar Allan Kardec. Mas quem foi este homem? Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceu em 3 de outubro de 1804 na cidade Lyon na França e veio a falecer em 31 de março de 1869 na cidade de Paris aos 64 anos. Não fosse a obra espírita, o professor Hippolyte teria sido um homem notável em seu tempo, discípulo do célebre professor Pestalozzi, construí uma carreira brilhante na França como pedagogo. Escreveu vários livros pedagógicos, entre os quais nove deles se destacam. Entre diplomas e prêmios podemos contar dez deles. Como professor ensinava as seguintes matérias: Química, Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês, sem contar que era fluente em diversas línguas. 
Para compreender o trabalho realizado por ele, teremos que nos situar no quadro cultural em que Kardec viveu. Século XVIII, marcado por dois grandes conflitos ideológicos, de um lado o poder da igreja querendo dominar e determinar o que é verdade ou não, e de outro, o crescente cientificismo moderno rejeitando qualquer coisa que não pudesse ser pesada ou medida. É neste meio que Kardec irá propagar as idéias espiritualistas que defendeu, porém, com uma série de métodos e princípios, onde conseguiu colocar o espiritismo dentro das regras do rigorismo científico. Eis porque o espiritismo é chamado de ciência.
     Atribui-se a Kardec o título de codificador do espiritismo, isto porque em suas cinco obras fundamentais foi uma compilação de vários textos instrutivos ditados por vários espíritos e psicografados por médiuns diferentes, claro que aplicando a eles todo um processo didático para aprendizado e estudo, arte na qual era exímio profissional.
     Para qualquer pessoa interessada em espiritualidade, independente de credo ou religião, é interessante e muito, o estudo de seus livros, com destaque em “O Livros dos Espíritos” e “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, pois traz bases sólidas para o estudo e intercâmbio com o mundo espiritual além de todo conhecimento que implica na reforma íntima do ser humano, buscando sempre separar o que é realidade da fantasia ou mitos.
    Uma observação curiosa é que no Brasil costuma-se confundir qualquer movimento espiritualista com espiritismo, o que é uma classificação incorreta. Em nosso “caldo popular”, várias culturas, principalmente as afrodescendentes, trouxeram consigo rituais e religiões que possuem contato direto com espíritos, daí confundirem qualquer prática espiritualista com espírita, o que é diferente. O Espiritismo segue os preceitos e os métodos que Kardec descreveu em suas obras, tendo assim, um caráter mais científico, se é que podemos falar assim. 
Em futuras postagens, voltarei a mencionar mais sobre o assunto.

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